Planejando sua Eurotrip? Confira só essa série de dicas de passagem, hospedagem e organização de viagem, além daquelas ideias que podem fazer toda a diferença no seu roteiro.
Quem traz todas essas novidades diretamente da sua última viagem é o João Vidal, nosso sócio-fundador. Anota aí e boa trip!
Tudo começou em Novembro de 2021 quando a Latam Pass lançou uma promoção para Lisboa. A promoção era imperdível: ida e volta por 58.000 pontos, mais as taxas de embarque. Não pensamos duas vezes e compramos os bilhetes, garantindo a tarifa.
Nessa viagem, embarcaram comigo o Alexander, amigo e sócio na Z Trips, e o Celso, amigo e parceiro nesse mundo das milhas. Começamos a organizar a viagem cerca de 60 dias antes de embarcarmos. Por volta de Janeiro fizemos as primeiras reuniões para definirmos roteiros, hotéis, orçamentos, transportes e todos pontos que uma viagem demanda de organização antecipada.
Definimos que, em 13 dias, visitaríamos três países e quatro cidades. Felizmente, acabamos conhecendo mais um país nessa viagem, totalizando então cinco cidades. O roteiro final ficou:
- Portugal: Lisboa e Porto;
- Áustria: Viena;
- Eslováquia: Bratislava;
- Hungria: Budapeste;
Antes de embarcar na história de cada cidade, queria compartilhar um pouco sobre hospedagem, transporte, orçamento e outras dicas.
Para hospedagens, utilizamos o programa All Accor, que proporcionou ótimos hotéis da rede, por um preço muito acessível. Em Lisboa e Porto ficamos no Ibis, em Viena nos hospedamos no Novotel e, em Budapeste no Mercure. Acabamos não incluindo café da manhã nas diárias, porque o valor não compensou e na Europa dá para gastar de 1 a 3 euros no supermercado e garantir um excelente café da manhã.
Em relação ao transporte pela Europa, fomos bem híbridos e selecionamos os melhores custo-benefícios de cada trecho que precisávamos percorrer.
- De Lisboa para Porto, fomos de ônibus, uma viagem de três horas, com um custo-benefício excelente.
- De Porto para Viena viajamos de avião, utilizamos o programa TAP Miles&Go. Fizemos uma conexão curta em Lisboa e seguimos viagem para a capital austríaca. A viagem demorou cerca de cinco horas, com conexão.
- Nosso bate e volta para Bratislava foi feito de trem a partir de Viena. Viagem curta, uma hora de trem com um preço muito em conta e o bilhete da empresa OBB ainda garantia o transporte local na Bratislava por 24h.
- O último trecho, Viena para Budapeste, foi realizado de trem, uma viagem de aproximadamente três horas. Optamos pelo upgrade da Business Class, pois era 9 euros a mais que o bilhete normal e foi uma experiência muito legal que realmente compensou. A dica aqui é comprar na companhia RegioJet, de forma antecipada, pois o trecho é bem comercial e os horários lotam rápido. Além da garantia dos assentos, para quem deseja o upgrade de classe a compra antecipada é mais em conta que próximo a viagem ou 24h antes.
Sobre orçamento e financeiro da viagem: O custo total com aéreo internacional, transportes pela Europa, hospedagens e gastos diários ficou aproximadamente entre R$7.500 e R$8.000 e acreditem, não nos faltou comida, conforto e bons passeios em cada destino. Utilizamos dois cartões: o N26 e o C6 Bank (Conta Europeia). Carregamos ambos com euros no Brasil para utilizar por lá. Os cartões são amplamente aceitos, desde o metrô até restaurantes locais, então acabamos levando o mínimo em papel moeda, apenas por segurança, numa eventual emergência. Dos destinos que visitamos, apenas a Hungria não adota o euro como moeda local, ainda assim, os cartões funcionam normalmente e convertem o florim hungáro para o euro.
Outras dicas:
Utilizamos o aplicativo Omio, para verificar as melhores formas de locomoção entre os países e o Bolt, concorrente do Uber na Europa. Ambos aplicativos foram indicações de um grande amigo que morou em Portugal, Vinicius Dresch. Outros companheiros fiéis da nossa viagem foram o Splitwise que auxilia no controle dos gastos e divisão dos mesmos quando se viaja em grupo, o Google Maps, que entrega o itinerário exato de todos lugares para ir (até mesmo qual saída usar no metrô e horários dos transportes) e baixamos no Maps Offline os mapas das cidades que visitamos, em caso de algum problema com a internet. Falando em Internet, recomendamos o chip 10GB da Vodafone, plano que se chama Vodafone Travellers, funciona em muitos países da europa e custa 20 euros. Compramos na loja da Vodafone, dentro do aeroporto de Lisboa, assim que desembarcamos.
LISBOA
Na capital portuguesa ficamos três dias, tempo suficiente para explorar a beleza histórica da cidade e experimentar a gastronomia local.
Dia 1:
Saímos do aeroporto de Lisboa e pegamos a linha de ônibus 744 até o Ibis. Nosso hotel ficava localizado no Bairro Liberdade, região central, então fizemos muitos passeios a pé. No primeiro dia visitamos o Castelo de São Jorge, Sé de Lisboa, Arco da Rua Augusta, Praça do Comércio, almoçamos no Mercado da Ribeira e à noite fomos tomar uma cerveja no Bairro Alto.
Dia 2:
No segundo dia, saímos a pé para o outro lado da cidade. Visitamos o Jardim Pedro de Alcântara, Monumento do Fernando Pessoa, Café A Brasileira, Livraria Bertrand, almoçamos no tradicional Velho Eurico. Seguimos a tarde pela LX Factory, caminhamos pela Orla do Tejo, passando pela Ponte 25 de Abril até chegarmos no Padrão dos Descobrimentos e na Torre de Belém, finalizando com o Mosteiro dos Jerônimos.
Dia 3:
O terceiro dia em Lisboa, foi o dia que paramos antes de retornar ao Brasil. Aproveitamos para visitar o Estádio do Benfica e o Parque Eduardo VII. Infelizmente não fizemos um bate e volta para Sintra, pois estávamos esgotados, então tiramos um turno de descanso antes da retomada para o Brasil.
PORTO
Na incrível Cidade do Porto, colocamos dois dias para conhecer esse pedaço de terra que encanta nos seus detalhes e na sua formação ao longo do Rio Douro.
Dia 1:
Como havia comentado antes, fomos a Porto de ônibus, saindo de Lisboa. Chegamos por volta do meio dia, largamos nossas coisas no hotel e fomos direto almoçar. Ainda não havíamos experimentado o bacalhau português, então decidimos ir no restaurante Abadia de Porto para comer o tradicional prato da culinária portuguesa. Recomendamos muito o lugar. Depois do almoço, saímos caminhando para conhecer os pontos turísticos próximos, então começamos pela Estação São Bento, Terreiro da Sé, a Ponte D. Luís I (cartão postal da cidade) e curtimos o pôr do sol em um bar na beira do Rio Douro bebendo uma caneca de chopp Super Bock (cervejaria de Porto).
Dia 2:
No segundo dia, acordamos bem cedo para conhecer todos pontos turísticos que faltavam na cidade do Porto. Começamos pela Igreja do Carmo, Livraria Lello & Irmãos, Igreja dos Clérigos e sua torre com direito a vista panorâmica da cidade e o Jardins do Palácio de Cristal. Nossa dica de almoço no segundo dia vai para Osteria Di Porto, uma cantina italiana muito aconchegante e com massas caseiras deliciosas.
Como um amante de futebol, sempre que viajo, seja no Brasil ou exterior, procuro ver a agenda de jogos locais. Se tiver uma oportunidade, não penso duas vezes e garanto os ingressos. Tivemos sorte, já que no último dia em Porto aconteceu o clássico da cidade: Porto x Boavista pelo Campeonato Português. Mais um momento inesquecível que vivenciei dentro de um estádio de futebol.
VIENA
A capital da Áustria é imponente. Com traços semelhantes às grandes cidades da Alemanha, Viena impressiona a cada esquina, bairro e ponto turístico. Essa é daquelas cidades em que você pensa: “Como deve ser bom morar aqui”, “A qualidade de vida dessa galera é outro nível”…
Dia 1:
Nosso primeiro dia na capital austríaca foi marcado por uma breve jornada de avião. Saímos de Porto por volta das três da manhã, pois embarcávamos para Lisboa às cinco, onde fazíamos conexão. Após a conexão de uma hora, embarcamos para Viena, com um voo de longa duração se comparado a outras distâncias dentro da Europa, mas ocorreu tudo bem. Pegamos um metrô do aeroporto até o hotel e em trinta minutos já estávamos com o check-in feito.
Começamos, então, nossa jornada por Viena conhecendo o primeiro distrito da cidade (o famoso centro).
Almoçamos o tradicional Wiener Schnietzel (consiste em porco a milanesa e uma salada de maionese fora de série… desculpe a minha mãe, Dona Ana, mas essa aqui está no páreo) acompanhado, claro, de uma bela caneca de 500ml da Weissbier Augustiner. O restaurante escolhido foi o Gasthaus Zu Den 3 Hacken.
Depois do almoço, decidimos caminhar pelas lojas do centro e visitarmos alguns parques. Destaque especial para o Augarten e o Stadtpark. Aliás, Viena tem uma mistura de tudo, na dose certa. Preservação de patrimônios históricos, prédios modernos e parques impecáveis. Após a caminhada, fomos direto para Igreja de Santo Estevão para visitar e fazer o tour até a torre principal e acabamos o dia nas proximidades da Albertina e da Ópera de Viena, comendo uma torta tradicional.
Dia 2:
O segundo dia em Viena rendeu muito. Começamos nosso dia visitando o Palácio Schönbrunn que fica mais afastado do centro, mas de fácil acesso via metrô. O palácio é gigante, conta com museus e uma caminhada extensa pelos seus jardins, além de uma subida até o topo do jardim que recompensa com a vista do palácio e da cidade de Viena. Muitos não conhecem ou escutaram sobre esse Palácio, mas sendo bem franco, é tão lindo quanto o Palácio de Versalhes.
A visita ao Palácio tomou nossa manhã inteira, então fomos para o Naschmarkt. Esse local abriga mais de 100 lojistas/ feirantes de diversos tipos de produtos. Por lá, optamos por um lanche rápido, experimentamos o famoso hot dog com a linguiça de porco austríaca. Definindo em duas palavras: bom e barato.
Seguimos, então, nosso passeio visitando Karlskirche, Rathauspark e Prefeitura, Ópera, Hofburg, Parlamento e finalizamos o dia pegando o pôr do sol no Palácio Belvedere, que também abriga um gigantesco parque.
BRATISLAVA
Dia 3:
Como nós tínhamos 3 dias inteiros e 4 noites em Viena, decidimos carimbar mais um país em nosso roteiro e Bratislava era o destino perfeito para isso. O leste europeu concentra suas grandes capitais próximas, por causa do antigo império Austro Hungáro. Bratislava fica perto de Viena, assim como Praga, Brun e Budapeste. Compramos os bilhetes de manhã, no mesmo dia do bate e volta.
Saímos da estação central de Viena até a estação central da Bratislava, uma hora de viagem.
No turno da manhã visitamos o Palácio de Grassalkovich, onde fica instalado o presidente da Eslováquia, e passeamos pelo parque nos fundos da construção, chamado de Jardim Presidencial.
Depois, seguimos para o centro da cidade até o Mercado Público. O mercado estava fechado para visitantes, pois sua estrutura estava preparada para auxiliar refugiados da Ucrânia, bem como familiares que moram na Bratislava e precisavam de notícias. Lá, você podia fazer doações e também se voluntariar para auxiliar na recepção. Seguindo o roteiro, passamos pela praça das embaixadas e paramos para almoçar no Gatto Matto, uma espécie de cantina italiana que mistura alguns toques da culinária eslovaca.
No período da tarde, seguimos pela região do centro para conhecer a estátua mais famosa da cidade e visitar a Blue Church. Saindo do centro, nossa rota era conhecer a Old Gate e a UFO Gate, além de caminhar pela margem do Rio Danúbio. Fato curioso: na Bratislava e em Budapeste, o Rio Danúbio é bem explorado. Barcos são restaurantes e bares, alguns têm uma estrutura de hotel e outros fazem o passeio pela margem da cidade.
Fechando nosso roteiro na Bratislava, deixamos a Catedral de São Martinho e o Castelo da Bratislava para visitarmos no final da tarde, aproveitando o pôr do sol, no ponto mais alto da cidade que é o Castelo.
BUDAPESTE
Dia 1:
Partimos de Viena para Budapeste, de trem também, dessa vez fizemos aquele upgrade de classe que comentei no início. Chegamos no início da tarde, largamos as malas no hotel e já fomos conhecer alguns lugares. Começamos nosso dia caminhando pela Váci Utca, rua bem comercial que liga uma praça de bares e restaurante até o Mercado de Budapeste. Depois de conhecermos essa região, seguimos em direção a orla do Danúbio e fizemos uma caminhada até a Ponte da Liberdade e decidimos sentar num bar de música ao vivo e derrubar umas canecas de chope curtindo o pôr do sol.
À noite, fomos num bar bem famoso da cidade, o Szimpla Bar, que conta com vários ambientes diferentes, mas a pegada dele é ser construído em ruínas. Os ruins pubs são famosos em Budapeste, mas o Szimpla é o maior e mais conhecido.
Dia 2:
No segundo dia, na capital da Hungria, visitamos os pontos turísticos da parte “Peste”, ao leste do Danúbio. Começamos a manhã na Basílica de Santo Estevão, sim o mesmo nome da Igreja de Viena, mas aqui é uma Basílica, ou seja, diferença da construção. A basílica é gigantesca, vale entrar e conhecer os detalhes arquitetônicos.
Na sequência, pegamos a Andrássy Út, avenida mais famosa da cidade. Uma caminhada de 20 minutos até o Museu do Terror. A Hungria foi marcada negativamente durante as invasões nazistas na Segunda Guerra Mundial, então vemos algumas alusões à época, bem como o reconhecimento em alguns lugares dos soldados e da sociedade húngara.
Almoçamos no Retro Langos, o típico pão frito recheado da Hungria, é como se fosse uma pizza. Após o almoço, caminhamos mais 30 minutos na avenida até a Praça dos Heróis. Atrás da praça tem um dos maiores parques de Budapeste, que abriga o Castelo de Vajdahunyad e as termas Széchenyi.
Nos dirigimos até o Parlamento de Budapeste, que fica na margem do Danúbio, ainda do lado “Peste”. Esse lugar é muito lindo, tem uma estrutura excelente para os pedestres. Seguimos a caminhada rumo aos Sapatos do Danúbio, outro monumento voltado para a Segunda Guerra.
À noite, fomos em uma das Termas mais antigas de Budapeste, a Rudas Baths. Ela é a única das principais que funciona à noite, na sexta e sábado, então fechamos o dia por lá. O ambiente conta com mais de 10 piscinas, variando de temperaturas entre 10 a 42 graus, além de uma infraestrutura de bares, restaurantes e spa (à parte). Principalmente durante a primavera,o ideal é ir à noite, já que nesta estação não costuma fazer tanto frio durante o dia e é um bom local para aproveitar com temperaturas mais amenas.
Dia 3:
O último dia em Budapeste foi para explorar o Oeste da capital, ou seja, o lado “Buda”. Atravessamos a pé pela Ponte Elizabeth até o começo da Cidadela. Infelizmente, o topo estava em reformas, ainda assim conseguimos fazer todo o passeio. É bem interessante essa formação, já que ao lado do Danúbio fica a Cidadela, que oferece uma vista espetacular da cidade, diferente das demais regiões, em que geralmente é plano ao lado do rio. Seguimos para o Jardim dos Filósofos, que conta com estátuas de vários personagens históricos da humanidade, além de uma estátua de ferro que personifica a antiga divisão das cidades.
Nossa dica de almoço no último dia é o Tabáni Gosser Etterem, restaurante que fica entre o Jardim dos Filósofos e o Castelo de Budapeste. Muito bom o atendimento e a comida bem servida, com toques da culinária húngara.
Após o almoço, seguimos para o Castelo de Budapeste, conhecemos todas estruturas e passeamos pelo seu parque. Próximo ao castelo, fechamos o dia na Igreja e no Bastião dos Pescadores.
Antes de voltar para o hotel, ainda experimentamos o Kurtoskalacs, doce típico húngaro.